Uma reedição dos superministérios de António Guterres, nos anos 90, nessa altura com Pina Moura, João Cravinho e Ferro Rodrigues nos “principais papéis”, foi um cenário desde cedo afastado por António Costa quando, na hora de formar Governo, o primeiro-ministro optou por uma equipa mais curta e com poderes mais concentrados. Mas se o Governo tem agora menos dois ministérios, isso deve-se à confiança, tão absoluta como a maioria conquistada, que o primeiro-ministro deposita em Mariana Vieira da Silva, uma estrela em ascensão no Governo socialista. Foram razões técnicas, políticas e de ordem pessoal que estiveram na base da promoção de Mariana a nº 2 do Governo e única superministra do executivo. Como já veremos.
Para já, retenha-se que os dois ministérios extintos caem-lhe no colo: Equipamento e Administração Pública são “pastas” que passam à sua tutela, juntando-se às funções de coordenação política que o pelouro da Presidência já implicava.