Se houver “condições institucionais”, Nuno Melo vai avançar como candidato à presidência do CDS no próximo congresso, confirmou, esta manhã, o eurodeputado. Numa mensagem publicada nas suas redes sociais, Nuno Melo admite que o resultado alcançado pelo CDS nas Legislativas foi “trágico”, mas que o mesmo “não pode ser encarado como o fim do partido”, mas como “a oportunidade para um recomeço”. “O CDS faz falta a Portugal”, afirma.
O eurodeputado deixa críticas à liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, embora, admita, que não tenciona concentrar-se “em ajustes de contas com o passado”, deixando, sobretudo, um apelo aos dirigentes e militantes que, nos últimos anos, abandonaram o partido. “Peço-lhes que voltem e nos ajudem nos desafios tão difíceis do futuro próximo (…) Acreditem que superar esta crise vai ser possível, mas para tanto, o CDS precisa de todos”, lê-se na nota.
Peço-lhes que voltem e nos ajudem nos desafios tão difíceis do futuro próximo
Nuno Melo, dirigindo-se aos militantes que abandonaram o cds
Realçando ser, presentemente, “o único deputado com mandato e palco nacional e europeu do CDS”, Nuno Melo confirma que não vai virar “as costas” e não abandono o CDS “no momento mais difícil da sua história”. “Uma coisa quero garantir: no que de mim depender, o CDS não acaba aqui”, garante.
Na mensagem, o europodeputado centrista diz ainda que, agora, é tempo de iniciar “um conjunto de contactos para confirmar que há condições institucionais e práticos para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador”. “Apurando-se esse quadro de normalidade, serei candidato à presidência do CDS no próximo congresso”, conclui.