Da última convenção, em 2019, num pequeno auditório em Pombal, para a deste fim de semana, no Centro de Congressos de Lisboa, o partido deu um salto visível e tornou-se muito mais ambicioso. Se há dois anos procuravam definir a sua identidade, hoje assumem como um objetivo claro chegar ao Governo.
A Iniciativa Liberal (IL) “quer mais tarde ou mais cedo exercer o poder” em Portugal, afirmou o presidente, João Cotrim de Figueiredo, durante a apresentação da moção estratégica global para 2021-23, “Preparados para Liberalizar Portugal”, na VI Convenção do partido. Para isto, continuou o deputado único, o partido “tem de ter maturidade política” e ter uma estratégia clara para apresentar ao eleitorado, que, neste caso, passa, tal como a VISÃO já escreveu, por conseguir eleger um grupo parlamentar com cinco deputados.
O partido estabeleceu ainda como meta ter 4,5% dos votos totais nas eleições do próximo dia 30 de janeiro e reforçou a intenção de não aceitar nenhum acordo pré ou pós eleitoral com o PS, o PCP, o BE ou o Chega. Quanto ao PSD a história é outra, mas dependerá sempre do programa em discussão e Cotrim exige um acordo escrito aos sociais democratas, caso estes vençam as eleições, mas precisem dos liberais para chegar à maioria.