“Até 2025, é objetivo do Banco de Portugal contribuir para uma economia portuguesa recuperada, resiliente e convergente na Europa, no médio e longo prazo. Vamos fazê-lo através de uma análise económica oportuna e de qualidade e através de um aconselhamento fundamentado sobre o desenho de políticas públicas”, disse hoje o responsável máximo do banco central.
Mário Centeno falava na sessão solene comemorativa do 175.º aniversário do Banco de Portugal, que decorre hoje no Museu do Dinheiro, em Lisboa, e conta com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
“Vamos fazê-lo também ouvindo as pessoas e os nossos parceiros, nacionais e internacionais, adotando formas de comunicação que favoreçam a compreensão pública sobre o que fazemos e porquê”, prosseguiu o governador.
Na sua intervenção, que abriu a sessão, o antigo ministro das Finanças defendeu que na zona euro a prosperidade “depende de uma moeda única estável, merecedora da confiança dos cidadãos, e essa confiança tem de ser salvaguardada e promovida no dia a dia pelos […] bancos centrais”.
Segundo o governador, por esse motivo é que o Banco de Portugal, “no Plano Estratégico para 2021-2025, elegeu como prioridade o reforço da confiança no euro”.
“Este reforço só poderá concretizar-se se os bancos centrais tiverem presente a importância de cultivarem uma relação próxima com os cidadãos, demonstrando-lhes porque é que os objetivos que perseguem, de estabilidade de preços e de estabilidade financeira, são fundamentais para o seu dia a dia. Promover a proximidade e reforçar a confiança é, por isso, o mote do novo Plano Estratégico do Banco de Portugal”, prosseguiu.
Mário Centeno frisou que “a nova estratégia assenta num binómio essencial para a tomada de decisão: bons dados, boa análise”.
“Perante esta plateia, que se estende da Rua do Comércio a todo o país, posso garantir-vos que podem contar connosco para construir uma estratégia de desenvolvimento e prosperidade para Portugal e para a Europa, renovando a cada ano o compromisso assumido há 175 anos”, concluiu o líder do banco central.
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