Se, em 2013, tivemos o “enorme aumento de impostos”, anunciado por Vítor Gaspar, o Orçamento do Estado para 2022 apresenta-nos o “pequeno alívio fiscal”. O documento de referência para as contas públicas inclui várias mexidas nos impostos – muito centradas no IRS –, mas, no total, essas medidas representam uma diminuição de apenas 360 milhões de euros ou 0,2% do PIB.
Entre a sua própria agenda, as reivindicações dos partidos à esquerda com quem negoceia o Orçamento e a necessidade de continuar a descer o défice, a fórmula encontrada pelo Governo para gerir estes constrangimentos é uma pulverização de medidas de limitada expressão orçamental e, nalguns casos, quase simbólicas.