Podem acusá-lo de muita coisa.
Podem acusá-lo de afastar vozes incómodas, de ter apunhalado fundadores, de reforçar a ala religiosa católica ultraconservadora e de ter andado ao sabor do “ideólogo” Diogo Pacheco de Amorim, enquanto este esboçava ou sugeria parte das escolhas e órgãos do partido nos bastidores. Talvez tudo isso seja verdade. Mas André Ventura, reclamando a habitual inspiração que o leva a evocar uma missão divina, a cerrar os olhos compungido, a bater no peito e a ajoelhar-se diante dos fiéis, despediu-se do terceiro congresso do Chega, em Coimbra, no último fim de semana, aparentemente mais perto das nuvens e convencido de que o partido é “o novo sol de Portugal”.