As fotografias, publicadas no Facebook, a contemplar o porto da Figueira da Foz, as praias, as obras por si inauguradas há duas décadas relatando o trabalho dos bombeiros locais anunciavam, por si só, as intenções de Pedro Santana Lopes. O seu mural na rede social tornou-se uma espécie de postal para vender o município no litoral do distrito de Coimbra. Mesmo assim, o antigo líder do PSD e do Aliança achou que faltava simbolismo na sua candidatura às autárquicas de 2021 e esperou que as pontas se unissem: “No mesmo dia, à mesma hora, uns anos depois. Cá estou.” Foi com estas palavras que regressou no passado domingo, 9 de maio, às 19h45, 24 anos depois da sua primeira candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz – que, contra todas as expectativas e sem uma relação evidente com a terra, conquistou, com quase 60% dos votos, aos socialistas, que detinham há mais de 20 anos o poder local.
Desta vez, candidata-se como independente pelo movimento “Figueira A Primeira”, que também já apresentou o nome de Cristina Figueiredo à Junta de Freguesia do Bom Sucesso. Santana ainda equacionou voltar para os braços dos sociais-democratas – que deixou, em 2018, para fundar o Aliança, após ter perdido para Rui Rio a liderança do PSD –, mas as negociações esvaziaram-se.