Prometeu ser rápido e cumpriu. Em menos de cinco minutos, o Presidente da República deixou quatro notas no final da reunião do Infarmed, esta segunda-feira, que se resumiram a um agradecimento a todos os especialistas que contribuíram com análises, uma palavra para a “coerência” entre os intervenientes e destaque para os dados positivos: descida do número de casos de Covid, internamentos e o aumento do número de pessoas vacinadas.
Estas foram as quatro notas que Marcelo Rebelo de Sousa deixou, através de videochamada, no final da primeira parte da reunião:
1. Obrigado a todos
“Contei hoje mais de três dezenas de especialistas tanto da academia como da investigação” e foi a todos eles que Marcelo agradeceu pelo trabalho. Embora tenham subido ao palco do auditório apenas seis peritos (André Peralta Santos, Baltazar Nunes, João Paulo Gomes, João Gouveia, Carla Nunes e Henrique Gouveia e Melo) e um através de videoconferência (o epidemiologista Henrique Barros), as equipas por de trás das intervenções são mais alargadas e o Presidente não quis deixar de notar isso mesmo.
2. Coerência entre as análises
O chefe de Estado sublinhou também “a coerência entre as análises qualitativas e as quantitativas”. Para Marcelo, os especialistas falaram a uma voz e deram conta de dados que batem certo com a “fase crítica que vivemos nas últimas semanas”. Acrescentando que “os portugueses têm uma perceção que largamente corresponde aos factos”.
3. Casos e internamentos a descer
Outra nota para o decréscimo no número de casos de Covid-19 e de internados em enfermaria ou nos cuidados intensivos, que, segundos os especialistas, estão a diminuir. O epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), revelou que o Rt (índice de transmissibilidade; indica, em média, quantas pessoas são contagiadas por cada infetado) atingiu “o valor mais baixo” desde o início da pandemia. Já André Peralta Santos, diretor de serviços de informação e análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), referiu-se a uma “descida muito significativa” na taxa de incidência de novas infeções em todas as regiões do país e idades, acompanhada pelo número de hospitalizados e de vítimas mortais (menos 37% por semana).
4. Elogio a Gouveia e Melo
A última palavra foi para a intervenção “esclarecedora” do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal, que apresentou um balanço positivo das doses administradas no País, tendo admitido que a imunidade de grupo poderá ser atingida mais cedo, em agosto. “Uma expetativa particularmente importante”, para o Presidente, que falou ainda “numa janela de esperança reforçada” para se referir à vacinação.