Portugal entra em confinamento geral esta sexta-feira, a partir das 00:00. As novas regras são em quase tudo semelhantes às do primeiro período de confinamento por causa da pandemia de Covid-19, em março e abril. Mesmo assim, há diferenças; sendo a maior de todas a manutenção das escolas abertas, independentemente do nível de ensino.
A necessidade destas medidas será, mais uma vez, reavaliada de duas em duas semanas. Mas o primeiro-ministro avançou já com a possibilidade de durarem, pelo menos, um mês.
Escolas mantém-se abertas
Os especialistas não falaram a uma só voz e o Governo teve de pesar a importância de manter ou não os estabelecimentos de ensino abertos, face ao risco. Os prós superaram os contras e o as escolas e universidades não vão encerrar. “A escola é um lugar seguro”, referiu o primeiro-ministro, indicando que o número de surtos, durante o primeiro período de aulas, presenciais, “foi diminuto” e que os novos casos “não tiveram um peso significativo”.
“Vamos manter todos os estabelecimentos educativos como têm estado a funcionar até agora. Sei que é um tema que divide a comunidade cientifica, mas que une a comunidade educativa”, anunciou António Costa, quando falou ao País, depois da reunião do Conselho de Ministros.
Ficou também a saber-se que o Governo tenciona fazer uma campanha permanente de testes antigénio nas escolas, organizada pelos ministérios da Saúde e da Educação para “despistar as cadeias de transmissão”.
Supermercados sem restrições de horários
António Costa disse também aos portugueses que não vale a pena irem a correr para os supermercados ou mercearias, uma vez que estes vão poder manter exatamente o mesmo horário. A lotação é limitada a cinco pessoas por 100 m2.
Também as feiras e mercados onde se vendam bens alimentares poderão continuar a funcionar, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros.
É possível ir à missa
As imagens dos bancos das igrejas preenchidos com fotografias dos fiéis não precisam de se repetir. Desta vez, o Governo não proibiu as cerimónias religiosas desde que estas cumpram as indicações da Direção-Geral da Saúde.
Dentistas continuam a trabalhar
O Governo ouviu também as criticas dos médicos dentistas que na primeira fase da pandemia foram obrigados a encerrar os consultórios por causa do contacto próximo que têm com os seus doentes. Os dentistas lembraram, por várias vezes, que a saúde oral também é uma parte fundamental da saúde e desta vez vão poder continuar de portas abertas.
Tribunais a funcionar
Outra das exceções são os tribunais, que encerram no último confinamento, mas que agora se encontram entre as atividades de exceção.
Estas são as medidas decretadas pelo Governo para o novo confinamento: