O esclarecimento foi feito durante a conferência de imprensa diária sobre a progressão da covid-19 no arquipélago, com Artur Correia a explicar que só podem ser colocados em isolamento domiciliar os casos assintomáticos, que “não têm nenhum fator de risco acrescido” e que tenham “condições sociais e habitacionais”.
“Que permitam que se faça o isolamento à altura do que estamos a exigir, que seja eficaz e não permita a disseminação do vírus”, acrescentou.
A medida entrou em vigor em 30 de junho, sendo “válida para todo o país”, e obriga a uma avaliação prévia às condições de habitabilidade por parte de técnicos sociais e psicólogos.
“O delegado de saúde tomará a decisão localmente”, garantiu Artur Correia, sem avançar quantos doentes já se encontram em isolamento domiciliário no país.
Até agora, todos os doentes com infeção pelo novo coronavírus cumpriam isolamento institucional, com acompanhamento médico, em espaços previamente definidos e sob vigilância policial. Os casos mais graves ficavam isolados em internamento hospital (13 ao dia de hoje).
Os doentes assintomáticos que tenham condições para cumprir o isolamento em casa continuarão a ser seguidos, sendo obrigados a assinar um termo de responsabilidade sobre o cumprimento das obrigações impostas pelas autoridades de saúde.
“Se não cumprirem suspende-se imediatamente o isolamento domiciliar e retoma-se o isolamento institucional”, apontou.
Cabo Verde regista um acumulado de 1.301 casos diagnosticados de covid-19 desde 19 de março, com 15 óbitos, mas 643 já foram dados como recuperados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 516 mil mortos e infetou mais de 10,71 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 10.390 mortos confirmados em mais de 420 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
PVJ // LFS