A magistrada de primeira instância Perla Saliba deu um prazo de 10 dias à Vale, uma das maiores produtoras e exportadoras de ferro do mundo, para reunir o montante em causa, segundo informou a empresa num comunicado enviado ao mercado financeiro.
A decisão acolheu parcialmente um recurso do Ministério Público de Minas Gerais, que acusou a Vale de dificultar, através de ações dos seus trabalhadores, as “atividades de fiscalização dos órgãos públicos” das suas operações em Brumadinho.
Em janeiro de 2019, a rutura de uma barragem da Vale em Brumadinho, no estado de Minas Gerais, gerou uma onda de resíduos que cobriu milhares de hectares e causou a morte de 259 pessoas, sendo que os corpos de outras 11 continuam desaparecidos.
Em comunicado, a empresa indicou que permanece “firme no seu compromisso de reparar os danos causados pela rutura” da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
De acordo com o Ministério Público, a Vale sabia desde outubro de 2018 do risco de rutura da barragem, que colapsaria meses depois.
O desastre de Brumadinho levou a empresa a registar perdas de cerca de 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) em 2019, face ao lucro de 6,8 mil milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros) em 2018.
Outro episódio semelhante ocorreu no final de 2015 em Mariana, município também localizado no estado de Minas Gerais e onde a rutura de outra barragem da empresa mineira Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, causou a morte de 19 pessoas e uma enorme tragédia ambiental.
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