Dois nomes ocupam o Top Mais dos mais votados em Portugal: Cavaco Silva e José Sócrates. Cavaco Silva conseguiu em 1991 a maior votação de um só partido em todas as eleições legislativas realizadas desde 1976. Nesse ato eleitoral, o PSD alcançou a vitória com 2.902.351 votos (50,60 por cento), conseguindo eleger 135 dos 230 deputados.
Quatro anos antes, Cavaco liderara também o PSD ao terceiro maior resultado em número de votos, com 2.850.784 (50,22 por cento), obtendo 148 lugares em São Bento, a maior bancada partidária de sempre na história democrática portuguesa.
O PS, por sua vez, alcançou em 2005 o seu melhor score, com José Sócrates – 2.588.813 votos (45,03 por cento), que proporcionaram aos socialistas a sua primeira e única maioria absoluta, com 121 eleitos em 230 lugares.
A primeira maioria absoluta obtida em eleições legislativas fora alcançada, recorde-se, pela Aliança Democrática (de Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Ribeiro Teles) que, em 1980, conseguiu 2.868.076 votos (44,91 por cento) e elegeu 126 parlamentares do PSD, CDS e PPM, numa Câmara com 250 deputados.
E o menos votado…
No polo oposto, o Movimento para a Unidade dos Trabalhadores (MUT), que se apresentou a sufrágio em 1995, foi a formação política que menor votação recolheu nas 14 eleições legislativas da Democracia portuguesa. Nesse ato eleitoral, ganho pelo PS de António Guterres com mais de 2,5 milhões de votos, o MUT recolheu apenas 2544 sufrágios, nos círculos de Leiria (651), de Lisboa (1011), do Porto (377) e de Setúbal (396).
O MUT foi, recorde-se, a designação eleitoral do POUS (Partido Operário de Unidade Socialista) em 1994 e 1995. O POUS foi fundado por Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira em 1979, depois de saírem do PS.