O SNMMP admite “suspender temporariamente” a paralisação, assim que o Governo reunir com a Antram.
“O SNMMP considera que face à nomeação de um mediador da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para dar início às negociações com a Antram, estão criadas as condições necessárias para todas as partes se sentarem à mesa. Posto isto, e porque queremos deixar claro ao país e às partes que sempre estivemos de boa-fé neste processo, anunciamos, desde já, a suspensão temporária da greve a partir da hora de início da reunião a ser convocada pelo Governo, suspensão essa que produzirá os seus efeitos até ao Plenário Nacional de Motoristas de Cargas Perigosas, marcado para o próximo domingo, momento em que os Motoristas irão decidir pelo seu futuro”, lê-se no comunicado enviado pela estrutura sindical.
Esta manhã, o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, anunciara que greve vai continuar “como até agora”, apesar de o sindicato de motoristas de mercadorias gerais ter desconvocado o protesto. “Vamos continuar nos mesmos moldes”, afirmou, acrescentando que a paralisação continuará “até que se chegue a um entendimento”.
A greve dos motoristas de matérias perigosas está hoje no quinto dia, depois de um dos dois sindicatos que convocaram a paralisação ter desconvocado o protesto.
A decisão do SIMM surgiu perto das 23:00 de quinta-feira, na sequência de uma reunião no Ministério das Infraestruturas, gabinete onde se encontravam também dirigentes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).
“Chegámos à conclusão de que esta greve não surtiu os efeitos que desejávamos”, disse Anacleto Rodrigues, porta-voz do SIMM.
Esta posição do SIMM deixou o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas sozinho no protesto, depois de esta estrutura sindical ter pedido na quinta-feira a mediação do Governo para chegar a um entendimento com a Antram.