José Manuel Oliveira, coordenador nacional da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, considerou que o acordo resolve algumas das “questões nucleares” dos trabalhadores, prevendo aumentos salariais de pelo menos 120 euros “conjunto das rubricas” do salário destes profissionais.
O vice-presidente da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) Pedro Polónio disse que “foi possível hoje concretizar, de uma forma um pouco mais fina, aquilo que tinham sido as grandes questões que ficaram acordadas em maio”.
No Twitter, o primeiro-ministro, António Costa, saudou o acordo, que classificou como “um exemplo”
“Saúdo vivamente o acordo alcançado entre a Fectrans e a Antram. Neste caso imperou o bom senso e o diálogo”, escreveu António Costa, considerando que se conciliou “o respeito pelos direitos dos trabalhadores e os interesses das empresas, possibilitando negociar sem confrontação” e afirmou esperar que “que seja um exemplo seguido por outros”.
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Antram não negoceia com “a espada na cabeça”
Já depois da reunião com a Fectrans, a Antram anunciou que recusa o desafio do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) para uma reunião na quinta-feira, alegando que não pode negociar com “a espada na cabeça”.
“Não podemos, infelizmente, reunir com a espada na cabeça, não podemos negociar dessa forma (…), negociamos de uma forma franca e presencial como estamos aqui hoje, mas não sob ameaça de greve”, afirmou Pedro Polónio, um dos vice-presidentes da Antram.
O porta-voz do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, tinha desafiado esta quarta-feira a Antram para uma reunião na quinta-feira, às 15:00, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em Lisboa.