Aquele jornalista, que se encontra em Nuremberga, na Alemanha, a participar uma reunião de reguladores europeus deste setor, afirmou que os seus colegas lhe têm manifestado «interesse, preocupação e curiosidade» sobre este caso, tanto mais por não envolver apenas um órgão de comunicação, mas um grupo de media.
Carlos Magno disse que pediu ontem ao diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, todos os elementos do processo e que os enviou para a diretora do Gabinete Jurídico da ERC, Marta Carvalho. «A ERC, sendo uma entidade administrativa independente, não pode pronunciar-se sobre decisões dos tribunais. Mas tem a possibilidade de recorrer para instâncias superiores.»
Enquanto aguarda o parecer do Gabinete Jurídico, Carlos Magno, pretendeu dar um sinal da sua posição pessoal, colocando no Facebook uma foto sua à frente de um poster do Correio da Manhã. E escreveu: «Não há liberdade de expressão sem expressão da liberdade.»
Entretanto o Sindicato dos Jornalistas (SJ) já tinha lamentado esta decisão judicial, que «abre um grave precedente e provoca constrangimentos ao exercício do direito de informar.»
Todas as as tentativas de «limitar a liberdade de Imprensa e de informação, valores constititucionalmente protegidos, são condenáveis», acrescenta o SJ.