Questionado pelo PSD sobre o salário mínimo, o governante, que foi ouvido na comissão parlamentar da Economia e Obras Públicas, sublinhou que é necessário “separar a questão sobre eventual incremento [do salário mínimo] do momento eleitoral das europeias”, tal como já foi defendido pela UGT.
“Temos hoje condições para conversar e, mais do que conversar, poder eventualmente chegar a um acordo bom para aumentar o salário mínimo no final de 2014 ou no princípio de 2015”, disse o ministro, cuja audição durou cerca de quatro horas.
Pires de Lima lembrou que a ‘troika’ “vai sair de Portugal no dia 17 Maio” e que o “desemprego em Portugal esta a dar mostras de estar a cair”, embora tenha reconhecido que “ainda é muito alto”, já que ascende aos 15,3%.
“Há muita gente a sofrer por não ter um emprego em Portugal, ainda assim iniciámos uma trajectória descendente desde Março de 2013”, disse, acrescentando que actualmente é “exequível, em sede de Concertação Social” iniciar as conversações sobre o SMN.
Questionado sobre quanto deveria ser o aumento, o governante escusou-se a avançar “com projecções sobre o que pode ser”.
O salário mínimo “é uma referência” para muitas empresas e “é seguramente uma boa notícia” que se inicie uma discussão sobre o tema, “fora do período eleitoral das eleições europeias”, reiterou o ministro.