JORGE MOREIRA DA SILVA
Ideias defendidas
Tem 511 propostas detalhadas para o País publicadas no relatório do think tank que dinamiza. Defende a economia verde, as energias renováveis (não é adepto do nuclear), a redefinição das funções do Estado, a eliminação da sobretaxa de 3,5% no IRS, a criação de uma taxa de carbono de 9 euros por cada tonelada de CO2, etc.
Alvos preferidos
Pelas suas funções partidárias, sempre defendeu o Governo. Coube-lhe censurar Carlos Abreu Amorim quando este deputado do PSD criticou Vítor Gaspar. Porém, ele próprio falou das ideias de Álvaro Santos Pereira como “anacrónicas”
Maior desafio
Conseguir demonstrar que a chamada energia verde (amiga do ambiente) não é inimiga da competitividade empresarial, por ser mais cara. Contornar o défice energético e resolver a questão das rendas excessivas
Posição no Conselho de Ministros
Próximo de Passos Coelho, será uma peça importante para ajudar a fazer o difícil equilíbrio nas reuniões
Críticas
Quando foi indicado, vários se congratularam com a sua nomeação especialmente os ambientalistas. Os patrões criticaram a fusão do ambiente com a energia e Mira Amaral disse, enigmaticamente: “Quem quiser meter a mão na energia, vai fazê-lo agora”
ANTÓNIO PIRES DE LIMA
Ideias defendidas
Prioridade ao crescimento económico, fim progressivo dos cortes salariais na função pública, subida do salário mínimo para 500 euros, desagravamento do IRS, redução da taxa do IRC, reforço do financiamento das PME’s, dinamização do setor industrial, aposta no turismo, recuperação do investimento privado, etc.
Alvos preferidos
Álvaro Santos Pereira, a quem chamou “inexperiente”, e Vítor Gaspar, de quem disse estar a levar os portugueses pelo caminho da “escravatura fiscal”, foram os principais alvos das suas farpas
Maior desafio
Aumentar o peso político do ministro da Economia, crítica que fez recorrentemente ao seu antecessor, e dar início ao reajustamento económico do País
Posição no Conselho de Ministros
Reforça a posição de Paulo Portas que, até agora, apenas tinha ao seu lado Pedro Mota Soares e Assunção Cristas. O CDS passa, assim, a ter quatro ministros (mais do que no Governo de Durão Barroso)
Críticas
Os patrões aplaudiram a escolha de Pires de Lima para esta pasta, o que não foi surpresa para ninguém. O PSD, porém, entendeu essa indicação como a entrega de mais uma fatia do poder ao CDS
MIGUEL POIARES MADURO
Ideias defendidas
Seis dias antes de o seu nome ser apostado para ministro, deu a conhecer um roteiro para Portugal, defendendo despedimentos no setor público e um governo técnico de iniciativa presidencial
Alvos preferidos
Antes de ir para o Governo, não se lhe conheciam alvos, mas numa das primeiras reuniões de concertação social, saiu a meio e criticou os parceiros sociais, acusando-os de falta de preparação
Maior desafio
Resolver a questão da privatização da RTP, dossiê herdado de Miguel Relvas, sendo que sempre se assumiu como defensor do serviço público de televisão
Posição no Conselho de Ministros
Descrito como um militante adormecido do PSD, tenta ser o homem dos consensos e desempenhar o papel de conciliador entre PSD e CDS, fazendo pontes para Belém
Críticas
Vieram a público os reparos (sem rosto) de alguns dos seus companheiros de Governo à ideia de fazer briefings diários com a imprensa, com a presença de um governante. A ideia avançou, foi suspensa e, entretanto, foi retomada
RUI MACHETE
Ideias defendidas
Sugeriu um pacto de regime com o PS para salvar o País e aconselhou o Governo a repensar o problema do aumento de impostos “humildemente”, tendo em conta o “princípio da proporcionalidade”
Alvos preferidos
Foi crítico da estratégia da austeridade, defendida por Vítor Gaspar (e agora por Maria Luís Albuquerque), e dos superministérios, que Passos Coelho agora reorganizou
Maior desafio
Vender Portugal no mundo, continuando a reforçar a diplomacia económica, agora sem a tutela da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que fica com Paulo Portas
Posição no Conselho de Ministros
Machete entra no Governo como uma espécie de senador independente que fez parte da equipa de Manuela Ferreira Leite quando esta esteve à frente do PSD. Espera-se dele uma posição neutra
Críticas
Toda a oposição recordou a sua passagem pela administração da Sociedade Lusa de Negócios, facto que o Governo “apagou” da sua biografia oficial
MARIA LUÍS ALBUQUERQUE
Ideias defendidas
É, à semelhança de Vítor Gaspar, uma apologista do caminho da austeridade e da consolidação orçamental, razão pela qual o seu nome foi tão bem recebido em Bruxelas
Alvos preferidos
Quis atacar o governo de José Sócrates por causa dos Swap, mas o tiro foi arriscado. “Tentou fazer deste assunto uma arma de arremesso político contra o Governo anterior. Fez mal”, disse Marques Mendes
Maior desafio
O regresso de Portugal aos mercados será o desafio de maior importância para a ministra que antes ainda tem de sobreviver à oitava avaliação da troika e aos cortes de 4,7 mil milhões de euros na despesa
Posição no Conselho de Ministros
É como se ocupasse o lugar do anterior ministro das Finanças, mas sem o peso político do antecessor. É uma indefetível do primeiro-ministro e tem a oposição do CDS
Críticas
O caso dos contratos Swap transformou-a no alvo preferido da oposição, que exige a sua saída do Governo. Mas Paulo Portas, ao demitir-se por sua causa, tornou-se o seu inimigo mais visível