A deputada bloquista Ana Drago defendeu a audição do responsável ministerial na Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas para indagar os “critérios que levaram à escolha inexplicável”.
“Franquelim Alves foi administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e disse que se terá apercebido de irregularidades nas contas, mas que não era prudente avisar desde logo o regulador, o Banco de Portugal. Três meses, foram três meses… [de ponderação] Perante a indignação que perpassa o país, não será de bom-tom o Governo nomear esta pessoa”, disse a parlamentar do BE.
Ana Drago afirmou que o antigo administrador da SLN “não reúne condições e discernimento necessários para funções governativas” e que “ainda hoje os portugueses estão a pagar as irregularidades que o senhor achou por bem não reportar de imediato”, referindo-se ao “escândalo” financeiro do BPN.
O deputado social-democrata Paulo Batista Santos argumentou que o ministro estava ao mesmo tempo a responder sobre o tema noutra comissão – a da Segurança Social e do Trabalho -, razão pela qual o requerimento “deixou de fazer sentido e de ter oportunidade”, sendo acompanhado pelo democrata-cristão Hélder Amaral.
A favor, além do BE, votaram o Partido Socialista e o Partido Comunista Português, mas a proposta não vingou na comissão presidida pelo social-democrata Luís Campos Ferreira.