Questionado pelos jornalistas, José Pedro Aguiar-Branco respondeu com outra pergunta: “quais documentos?”, para depois explicar que o seu ministério não recebeu “qualquer notificação” por parte da Procuradoria Geral da República (PGR) para apresentar documentos ou explicar.
“Antes de falar devemos saber do que falamos. Se são documentos relativos aos contratos, eles estão no Ministério da Defesa, têm o visto prévio do Tribunal de Contas e não há qualquer problema. Sobre outro tipo de documentos, desconheço”, afirmou.
Aguiar-Branco garantiu que mais que disponível para “prestar todos os esclarecimentos pedidos pela Procuradoria, o Ministério da Defesa está colaborante”, e pediu à PGR que diga “quais são os documentos, quando desapareceram e onde desapareceram”.
“A PGR tem os meios para realizar perícias, auditorias, de forma a que esta questão seja esclarecida”, disse, frisando que, “até ao momento” nem o seu gabinete nem o ministério receberam qualquer pedido ou notificação.
Reafirmou que os documentos relativos aos contratos da aquisição dos dois submarinos estão no ministério e “estão a ser cumpridos”, inclusive as contrapartidas, fazendo, perante a bateria de questões dos jornalistas, repetidamente a mesma afirmação: “Desconheço de que documentos se está a falar”.
José Pedro Aguiar-Branco disse ainda que não tem de falar com o seu colega de governo e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que era ministro da Defesa aquando da aquisição dos submarinos.