O processo, passo a passo
Começou em 2003 com uma notícia no já extinto O Independente e ainda não terminou
Abril de 2003: Uma notícia do jornal O Independente sobre contas na Suíça não declaradas ao fisco provoca a demissão de Isaltino Morais de ministro. O facto origina uma investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, apesar de o ex-autarca garantir que a conta, por onde terá passado mais de um milhão de euros, pertence a um sobrinho emigrante
Junho 2005: Em clima de pré-campanha autárquica e depois de Marques Mendes, então líder do PSD, lhe retirar a confiança política, o candidato independente Isaltino Morais é constituído arguido
Junho 2008: Já reeleito, o autarca de Oeiras fica a saber que terá de responder pelos crimes de participação económica em negócio, corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal, conforme decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa
Agosto 2009: Isaltino é condenado em primeira instância a sete anos de prisão, uma indemnização de 463 mil euros e a perda de mandato – por fraude fiscal, branqueamento de capitais, abuso de poder e corrupção passiva para ato ilícito – e anuncia que vai recorrer da sentença
Julho 2010: Na sequência do recurso apresentado, o Tribunal da Relação de Lisboa baixa a pena de prisão para dois anos, desce a indemnização para 197 266 euros e anula a pena de perda de mandato. A decisão origina recursos do Ministério Público e da defesa
Maio 2011: O Supremo mantém os dois anos de prisão efetiva e duplica a indemnização cível. Isaltino recorre para o Tribunal Constitucional, facto que produz efeito suspensivo sobre a pena de prisão efetiva
Setembro 2011: A PSP de Oeiras cumpre um mandado de detenção e prende Isaltino Morais (nas instalações da PJ). Vinte e quatro horas depois, uma juíza do Tribunal de Oeiras dá ordem para libertar o autarca