O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, no seu discurso de posse, que quer estabelecer um “novo pacto de confiança” entre o seu Governo e os portugueses para enfrentar os atuais “tempos difíceis”.
“Esta tomada de posse marca a celebração de um pacto de confiança, mas também de responsabilidade e de abertura, entre o Governo e a sociedade portuguesa. Um novo pacto de confiança, responsabilidade e abertura é imprescindível para a resolução dos problemas nacionais e para retomar a prosperidade”, afirmou Passos Coelho, na cerimónia de posse do XIX Governo Constitucional, no Palácio da Ajuda.
O novo primeiro-ministro começou a sua intervenção considerando que os portugueses esperam de si “que lhes fale com franqueza e que poupe nas palavras” e em seguida advertiu que vêm aí “mais tormentas”.
Pedro Passos Coelho, defendeu que deve ser feita uma “revisão da arquitetura do sistema de justiça” e apontou a reforma deste setor como prioritária.
“Simplificação processual, avaliação de desempenho dos agentes, gerir bem os tribunais, incrementar a justiça arbitral, são medidas cruciais para tornar a justiça mais célere, mais eficaz, mais transparente, mais confiável, numa palavra, para termos uma justiça mais justa”, considerou Passos Coelho, na cerimónia de posse do XIX Governo, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
Segundo o primeiro-ministro, “nenhum outro sector clama mais por confiança, responsabilidade e abertura do que a justiça”, que “afeta quase todos os domínios” da vida do país, incluindo a dinâmica empresarial.
Pedro Passos Coelho, prometeu ainda reduzir o endividamento do país e acabar com o que apelidou de “embriaguez da dívida” portuguesa, em defesa da autonomia política de Portugal.
Passos Coelho terminou a sua intervenção na cerimónia de posse do XIX Governo, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, assegurando que “Portugal não falhará”.
Antes, o novo primeiro-ministro afirmou que “Portugal jamais poderá regressar à ilusão de que a dívida em espiral alimenta crescimento” e “sabe por experiência própria que a embriaguez da dívida se limita a encenar um falso e curto bem-estar até ao dia em que chega a fatura e o colapso”.