D. Filipe I de Portugal é um ilustre desconhecido para a maioria dos portugueses, “cancelado” pela História pós-restauração da Independência em 1640. Mas o neto mais velho de D. Manuel I, filho da imperatriz Isabel de Portugal e de Carlos V, é um personagem fascinante, como é extraordinária (e ainda mais ignorada) a mulher que lhe fez frente, Catarina de Portugal.
Isabel Stilwell acaba de lançar um livro sobre esta figura fascinante e segue-lhe os passos num novo videocast, em parceria com a VISÃO, com uma viagem aos lugares que marcaram a luta pela coroa de Portugal. Para ver em vídeo ou ouvir em podcast.
5º Episódio – O tiro de partida
A morte do cardeal-rei D. Henrique em Janeiro de 1580 precipita os acontecimentos — não deixou indicado um sucessor e a decisão de escolher entre D. Filipe e D. Catrina continuou nas mãos dos governadores. O rei de Castela aumenta a pressão sobre os decisores e, acompanhado da rainha D. Ana de Áustria, das infantas Isabel Clara e Catalina Micaela e do príncipe herdeiro D. Diego, instala-se em Badajoz, convidando o duque de Alba para comandar os exércitos que esperam ansiosamente ordem para avançar sobre Portugal.
Mas o rei de Castela prefere a via diplomática, não quer tomar o “seu” reino pela força e insiste numa decisão jurídica, mas a aclamação do Prior de Crato em Santarém, obriga-o a por a cabeça do primo a prémio e a dar luz verde ao general para que cruze a fronteira.
A primeira dor de cabeça é Setúbal, mas cai em poucos dias, segue-se Cascais, que é saqueada e, finalmente, Lisboa — é em Badajoz que D. Filipe recebe a notícia da vitória na Batalha de Alcântara. Mas D. António, que lutou como um leão, escapou e um cometa cruza os céus de Badajoz anunciando uma tragédia…
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