Foram vários os lugares que marcaram a vida de D. Manuel I. Numa série em video e podcast, Isabel Stilwell leva-nos a conhecer os sítios importantes para o Rei e que inspiraram o seu novo romance histórico.
6º Episódio
Évora, 21 de Junho de 1483
Imagine que regressa no tempo e que está junto da Torre das Cinco Quinas, em Évora, na madrugada de dia 21 de Junho de 1483. Lá dentro está preso, por ordem
de D. João II, D. Fernando, Duque de Bragança. Cunhado do rei. O homem mais poderoso do reino a seguir a ele.
D. João II acreditava, ou fingia acreditar, que a família Bragança e a de Viseu e Beja (a mãe e o irmão de D. Manuel), se tinham conluiado com os reis de Castela e Aragão para o matar. Ambicionando a coroa. Apanhara muitas cartas entre eles.
Mas antes de poder fazer contas com os conspiradores, era preciso retirar-lhes o príncipe Afonso. Negociou o fim das Terçarias com a rainha de Castela, e finalmente com o filho são e salvo junto de si, já podia mandar chamar o duque de Bragança. Para conversarem. Quando o duque entrou nos seus aposentos, o rei deu ordem de prisão. Um tribunal de 21 juízes, presidido por D. João, julgou o caso, mas a condenação já estava decidida à partida. De tal forma, que o duque já não compareceu às últimas audiências. Diz que tem a consciência tranquila. Prefere rezar.
A praça do Geraldo está cheia de gente que veio assistir à execução de D. Fernando, duque de Bragança. Vai ser decapitado, prerrogativa dos nobres. D. Manuel, que acabou de fazer 14 anos, talvez se tenha infiltrado entre as gentes, na esperança de que até ao último momento chegue um perdão real.
Não deixe de visitar a cidade e o magnífico Museu Regional de Beja (Museu Rainha D. Leonor), no antigo Convento da Conceição, onde vai encontrar muitas pistas para compreender melhor a vida de D. Manuel.
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