Investigadores estatais russos anunciaram este domingo que a fisósofa Darya Dugina, filha de Alexander Dugin, cientista político e mentor ideológico de Putin, foi morta este sábado à noite depois de uma explosão dentro do carro em que seguia, um Land Cruiser Prado. A informação é de que o seu carro terá sido armadilhado. O caso já está em investigação e foi definido como um crime de homicídio pelas autoridades estatais russas.
O automóvel explodiu perto da vila de Bolshiye Vyazyomy, distrito de Odintsovsky, na região de Moscovo e, de acordo com os media internacionais, Dugina terá morrido no local. Tanto ela como o pai estariam a regressar do festival familiar “Tradição”, embora em carros distintos.
Darya Platonova Dugina, que também era comentadora política, formou-se em História da Filosofia na Universidade de Moscovo e especializou-se em neoplatonismo. Ao longo destes meses de guerra, Dugina defendeu que estava a haver um conflito entre os valores ocidentais e os não ocidentais (defendendo os ocidentais). De facto, há muito tempo que a filha do “cérebro de Putin” era a favor da unificação dos territórios de língua russa e outros num grande e novo império russo.
A filósofa defendia ainda a tese de que os EUA eram os grandes responsáveis por se estar a verificar o declínio de uma “ditadura” ideológica e, em relação à Europa, esta poderia “perfeitamente” manter-se neutra durante o conflito, afirmou, não dando armas à Ucrânia. A filósofa defendia também que devia nascer uma nova ordem mundial na qual a Eurásia seria uma grande potência unida.
Publicamente, Dugina terá apoiado consistentemente as ideias do seu pai e chegou a aparecer na televisão estatal russa para justificar a invasão russa à Ucrânia. Teria 30 anos.