Juan é um ex-soldado com 13 anos de experiência que se voluntariou para ir para a Ucrânia defender o povo dos ataques russos. “Se eu fosse rico, teria doado dinheiro para ajudar a Ucrânia. Se fosse médico, teria vindo para tratar os feridos. Mas sei lutar, então decidi ajudar da melhor maneira possível”, disse o soldado à agência de notícias espanhola Efe.
O militar acabou por ficar ferido ao salvar três soldados ucranianos por causa de um ataque russo, e encontra-se internado num hospital em Odessa. Não ficando indiferente ao gesto do espanhol, o Presidente ucraniano foi visitar o soldado.
Durante o encontro, Volodymyr Zelensky prometeu que voltaria para o presentear pessoalmente por ter salvo a vida de três soldados ucranianos em combate. Juan perdeu parte dos dedos da mão direita e parte do músculo da coxa direita, tendo também lesões hepáticas e renais.
Juan ficou ferido quando o edifício onde estava abrigado foi atacado pelos russos. A sua sorte, diz, foram os seus companheiros: “O meu coração parou duas vezes a caminho do hospital. Os meus camaradas e os paramédicos reanimaram-me”, lembra, acrescentando que passou cinco dias numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).
Depois de combater cinco meses ao lado os soldados ucranianos e de aprender a língua pelo tradutor do Google, Juan que já considera a Ucrânia a sua casa: ajudou a repelir a tentativa da Rússia de tomar Kiev e depois juntou-se à unidade ‘Arey’ do Exército Voluntário Ucraniano. Durante algum tempo, serviu como instrutor, mas depois lutou como atirador numa zona rural na região sul de Kherson.