O Dia da Vitória Soviética marca a capitulação da Alemanha Nazi no fim da Segunda Guerra Mundial para a União Soviética, um conflito também chamado de Grande Guerra Patriótica na antiga URSS e nos Estados pós-soviéticos. O dia, um importante feriado nacional da Rússia, é uma celebração de orgulho nacional que tem vindo a ser celebrado desde 1946 de diversas formas. Neste século, com Putin aos comandos, têm acontecido grandes paradas de exibição do poderio militar russo.
Este ano o evento adquire todo um novo simbolismo especial, já que Putin tem tentado comparar a invasão da Ucrânia ao conflito que a União Soviética travou contra as tropas de Hitler. Todos os olhos estarão pois voltados para Moscovo. Milhares de soldados vão amanhã marchar pela Praça Vermelha acompanhados por tanques, mísseis balísticos, e todo um manancial de armas de artilharia e de defesa anti-aérea.
Além do desfile, esperam-se declarações importantes de Vladimir Putin. Milhares de soldados russos estão desde 24 de fevereiro, o dia em que Putin colocou em marcha a invasão da Ucrânia, a lutar nesse país e bem presentes nos pensamentos dos seus conterrâneos. O presidente russo deverá discursar e vários especialistas antecipam que possa finalmente declarar guerra à Ucrânia ou anunciar uma mobilização nacional, apesar de ambas as opções já terem sido negadas pelo Kremlin.
A Reuters escreve que a intenção de Vladimir Putin deverá ser enviar um aviso de “juízo final” ao ocidente, enquanto exibe o seu equipamento militar que, para além de armas, conta com aviões supersónicos, bombardeiros, tanques, mísseis intercontinentais Yars, um sistema de mísseis balísticos denominado Iskander e o avião Ilyushin Il-80, resistente a ataques nucleares.
A parada vai começar às 10h de Moscovo, 8h de Portugal, e prolongar-se-à até à noite. Contará com homenagens aos veteranos da Segunda Guerra Mundial, concertos de ópera, fogo de artifício e uma demonstração aérea de caças MiG-29.
No Twitter, circulam vídeos do ensaio que decorreu este sábado.