O primeiro grande incêndio do ano da Península Ibérica começou na quinta-feira passada na zona de Villanueva de Viver, na província de Castelló, na comunidade Valenciana.
Desde que começou, o incêndio já consumiu cerca de 4 mil hectares no leste de Espanha, dentro de um perímetro de 40 quilómetros, especifica o portal Castellon Información.
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A zona onde tem alastrado o incêndio é, porém, de difícil acesso aos meios terrestres, pelo que o combate ao fogo está muito dependente da eficácia dos meios aéreos, segundo as autoridades.
“Estamos a viver momentos muito complexos”, reconheceu hoje o presidente do governo regional da Comunidade Valenciana, Ximo Puig, ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que hoje viajou até ao posto de comando de combate ao incêndio.
Além de ter chovido menos de metade do valor médio durante o inverno em várias regiões espanholas, o país tem registado nos últimos dias, em alguns pontos, temperaturas elevadas para esta época do ano, como 30 graus na cidade de Valência, na Comunidade Valenciana, a mais afetada pelo fogo que deflagrou na semana passada.
Segundo a Agência Estatal de Meteorologia espanhola, na Comunidade Valenciana há desde 01 de outubro de 2022 um “défice médio de precipitação” de 35%, com os últimos meses a serem classificados como “muito secos”.
Em metade do território desta região espanhola, nos últimos seis meses, choveu metade do que é considerado normal (os valores médios), ainda segundo os mesmos dados.
Uma das zonas com maior défice de chuva é a que está a ser afetada pelo incêndio, onde os registos de pluviosidade nos últimos seis meses não chegam a 50% do considerado normal.
As temperaturas vão manter-se “excecionalmente altas para a época do ano” nos próximos dias, em especial na zona do Mediterrâneo (sul e leste de Espanha), onde irão superar os 30 graus em alguns pontos, disse hoje um porta-voz da Agência Estatal de Meteorologia.
Mas também zonas do nordeste, como Bilbau, no País Basco, ou do centro, como Toledo, deverão alcançar temperaturas que rondam os 30 graus centígrados nos próximos dias.
No sábado passado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, indicou que o Governo português tinha disponibilizado meios de socorro nacionais para ajudar as autoridades espanholas.
com Lusa