No Reino Unido, crianças de várias escolas têm protestado devido à restrição na utilização das casas de banho dos estabelecimentos de ensino. Segundo as novas regras, os alunos só podem ter acesso livre às casas de banho durante uma parte do intervalo, estando o resto do tempo interditas, algumas até com grades e cadeados.
“Os alunos podem ter acesso a todas as casas de banho antes da escola, nos intervalos e depois da escola. Se um aluno precisar de ir durante o horário de aula, solicitará ao professor e poderá ir”, esclarece um diretor de uma escola em Essex, citado pelo Independet.
Contudo, os estudantes e encarregados de educação consideraram que esta decisão viola os “direitos humanos”, tendo mostrado a sua indignação na última sexta-feira, através de manifestações. Em alguns casos, foi necessário chamar as autoridades.
O caso mais crítico aconteceu na Penrice Academy, em St. Austell, na região da Cornualha, Reino Unido. Na noite de quinta-feira, nas redes sociais, foi combinado um protesto “pacífico” entre os alunos, mas várias testemunhas afirmaram que a manifestação transformou-se rapidamente num motim “descontrolado” e um aluno precisou, até, de ser assistido por uma ambulância. “Destruíram cercas, os postes das balizas, os caixotes do lixo também e algumas crianças fugiram da escola”, relata uma mãe, ao CornwallLive. “Uma criança literalmente prendeu uma quantidade enorme de cabelo na cerca ao tentar subir para utilizar a casa de banho e magoou-se gravemente”.
Um outro pai confirma que as crianças se exaltaram. “Só para avisar que a minha filha acabou de me ligar para dizer que o protesto fugiu do controlo e os alunos estão a virar as mesas. As crianças não podem sair para o intervalo”.
Depois do sucedido, a direção da Penrice Academy emitiu um comunicado a informar que “os alunos têm o direito de expressar as suas opiniões de maneira calma e segura” e que o seu comportamento tinha sido “inaceitável”.
Também na a escola Richmond, em North Yorkshire, houve protestos e a escola teve ser ser encerrada pela polícia, que terá agido depois de os alunos terem rebentado extintores de incêndio e derrubado portas. No caso da escola Northern Echo, surgiram relatos de que os professores foram empurrados e algumas janelas foram partidas.