Um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu na madrugada desta segunda-feira o Sul da Turquia. Mais tarde, este foi seguido por uma forte réplica de 6,7 e já se registaram dois novos abalos, depois das 10h de Portugal continental, com magnitudes de 7,7 e 5,7. O número de mortos combinados entre a Turquia e a Síria atingiu pelo menos 1400 pessoas.
Dados oficiais da Turquia afirmam que 912 pessoas morreram, 5383 ficaram feridas e 2818 prédios desabaram. O Ministério da Saúde da Síria disse que mais de 326 pessoas morreram e 1042 ficaram feridas.
“Todos estão a esforçar-se de corpo e alma, embora o inverno, o clima frio e o terremoto que ocorre durante a noite tornem as coisas mais difíceis”, disse em conferência o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan. “Não sabemos quão alto será o número de vítimas, pois os esforços para levantar os destroços continuam em vários edifícios na zona do terremoto”.

O primeiro sismo
O abalo ocorreu às 04:17 (01:17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade.
Os abalos foram sentidos também, além da Turquia e da Síria, no Líbano e no Chipre.
A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo. O abalo aconteceu na mesma província onde um terramoto de magnitude 7,4 matou cerca de 17 mil pessoas em agosto de 1999, incluindo mil em Istambul.
Veja as primeiras imagens divulgadas nas redes sociais.
O momento em que um edifício colapsa é captado por um local.
A menina síria Bana Alabed, que emocionou o mundo ao partilhar notícias de Aleppo durante a guerra no país, mostra as imagens enviadas pela sua tia.
Edifícios colapsados na região de Kahramanmaras.
Uma imagem de câmaras internas de uma loja mostra a terra a tremer.
Artigo atualizado às 12h20