Das vítimas de roubo no Brasil no ano passado, 94% residiam em áreas urbanas, 63,2% eram negras ou pardas e a grande maioria tinha entre 25 e 39 anos, segundo o órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro.
O uso de armas, que agrava a sensação de insegurança, foi relatado por 90,8% das vítimas de roubos em residências e por 97,6% das vítimas de roubos de automóveis.
O estudo também mostrou que em 2,9 milhões de domicílios brasileiros, 4% dos domicílios do país, houve pelo menos uma vítima de furto nos últimos doze meses e que 1,7 milhões de residências foram roubadas e 192 mil foram vítimas de roubos.
Apesar de a maioria das vítimas de crimes mais graves ter procurado a polícia para registar queixa, a subnotificação é maior entre as vítimas de roubo do que entre as vítimas de roubo.
Segundo o IBGE, a sondagem mostrou que a violência aumentou a perceção de risco da população e afetou o seu comportamento.
No geral, 51,7% dos brasileiros dizem sentir-se inseguros quando andam sozinhos à noite.
“A insegurança é mais complexa do que a vitimização. Ser vítima é apenas um dos fatores que geram insegurança e mudanças de comportamento”, explicou Alessandra Scalioni, analista do IBGE, numa nota.
Face ao aumento da sensação de insegurança, 40% dos maiores de 15 anos dizem acreditar ter grande ou média hipótese de serem assaltados nas ruas, 38,1% temem ser assaltados no transporte público e 30% temem sofrer violência em casa.
Como estratégia face à insegurança, 56,7% dos brasileiros com mais de 15 anos afirmaram que evitam chegar tarde a casa, 51,2% que não usam telemóveis em locais públicos, 49,9% que evitam locais com pouca gente e 49,2% que não usam joias ou relógios.
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