“De momento, morreram duas pessoas e 15 foram hospitalizadas”, assinalou o Ministério para as Situações de Emergência da região de Krasnodar.
O caça-bombardeiro “despenhou-se contra o pátio de um edifício residencial”, provocando ainda um incêndio, indicou o Ministério da Defesa da Rússia.
O incidente ocorreu quando o avião descolava para efetuar um voo de treino a partir do aeródromo do distrito militar sul, precisou o ministério.
O acidente teve origem no incêndio de um dos motores durante a descolagem, segundo o piloto, que conseguiu ejetar-se.
Ao embater no solo, o combustível do avião incendiou-se de imediato.
A área atingida pelo fogo estende-se por 2.000 metros quadrados, informaram os serviços de emergência citados pela agência noticiosa russa TASS.
As autoridades locais referiram-se a entre 15 e 17 apartamentos danificados pelo incêndio. O governador de Krasnodar, Veniamin Kondratiev, deslocou-se de imediato ao local, indicou no seu canal do Telegram.
O Comité de Investigação da Rússia, dependente da presidência russa, já abriu um inquérito judicial devido a acidente, ainda segundo a TASS.
Especialistas forenses, bombeiros, especialistas da unidade de queimados do hospital de Krasnodar e ambulâncias também acorreram ao local do sinistro.
Cerca de 100 pessoas foram retiradas, com os residentes do edifício atingido transferidos para centros de acolhimento temporário, precisou a TASS.
O Presidente russo Vladimir Putin ordenou ao governador de Krasnodar, ao chefe do Ministério para Situações de Emergência, Alexandr Kurenkov, e ao ministro da Saúde, Mikhail Murashko, que de desloquem a Yesk para fornecer assistência.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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