O norte-americano Alan Miller, 57 anos, condenado à morte por ter assassinado três colegas de trabalho, em 1999, deveria ter sido executado na passada quinta-feira, 22, mas tal não aconteceu por se ter esgotado o prazo definido para o efeito. O Supremo Tribunal dos EUA deu às autoridades menos de três horas para procederem à execução por injeção letal, mas a ação foi suspensa por volta das 23h30, meia hora antes do prazo expirar, por não terem sido encontradas as veias do detido.
“Devido a limitações de tempo resultantes do atraso do processo judicial, a execução foi cancelada, uma vez que foi determinado que as veias do recluso condenado não podiam ser acedidas de acordo com o nosso protocolo antes do vencimento da sentença de morte”, afirmou o comissário do sistema prisional do estado do Alabama, John Hamm, acrescentando que “o acesso à veia estava a demorar um pouco mais do que o previsto”.
O recurso à utilização deste método tem sido fortemente contestado por, em certos casos, não resultar e poder causar sofrimento aos condenados. Em 2018, o Alabama aprovou a morte por hipoxia de azoto, que consiste na privação de oxigénio até à morte por asfixia. Nessa altura, Miller optou por este método, mas os funcionários da prisão terão perdido os documentos referentes a esse pedido.
Apesar do impasse, “nada alterará o facto de um júri ter ouvido as provas deste caso” e tomado a decisão de condenar Miller, afirma a governadora do Alabama, Kay Ivey, que espera a execução da sentença para breve.