“Quénia rescinde o reconhecimento da RASD e inicia medidas para reduzir a presença da entidade no país”, escreveu William Ruto na rede social Twitter, acrescentando que o seu país “apoia as Nações Unidas como mecanismo exclusivo para encontrar uma solução duradoura para a controvérsia sobre o Saara Ocidental”.
O conflito no Saara Ocidental, uma vasta área desértica com uma costa rica em peixe e um subsolo rico em fosfatos, considerado pela ONU como um “território não autónomo”, opõe Marrocos desde a sua ocupação do território em 1975 — juntamente com a Mauritânia, que depois se retirou — à rebelião da Frente Polisário que, em 1976 autoproclamou a RASD, reconhecida por 41 dos 193 países com assento nas Nações Unidas.
Rabat, que controla quase 80% do território, propõe um plano de autonomia sob a sua soberania, enquanto a Polisário apela a um referendo sobre a autodeterminação, previsto pela ONU quando foi assinado um cessar-fogo em 1991.
O Presidente do Quénia fez o anúncio depois de reunir-se na sua residência oficial, em Nairobi, com o ministro dos Assuntos Exteriores de Marrocos, Naser Burita, que lhe entregou uma mensagem de felicitações do rei Mohamed VI.
“Vamos acelerar as relações com o reino de Marrocos nas áreas do comércio, agricultura, saúde, turismo e energia, entre outras, para benefício mútuo dos nossos países”, disse o chefe de Estado queniano.
Até agora, o Quénia estava entre os 41 Estados-membros da ONU que reconheciam oficialmente a República Árabe Sarauí Democrática.
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