O plano surge como consequência da guerra na Ucrânia.
“Estamos numa situação séria na Europa, há uma guerra e acabamos de passar por uma pandemia, ambas criaram problemas na nossa segurança de fornecimentos”, disse o ministro da Defesa dinamarquês, Morten Bødskov, em conferência de imprensa.
Morten Bødskov anunciou um acordo com a indústria marítima dinamarquesa para estudar como encarar um investimento desta dimensão e se os navios podem ser construídos em estaleiros daquele país nórdico, não querendo adiantar um número específico de embarcações.
O governante explicou, no entanto, que “uma grande parte” da frota vai estar desatualizada nas próximas duas décadas – barcos-patrulha e fragatas.
“Não pode acontecer que, especialmente num momento de guerra na Europa, a Defesa dinamarquesa tenha problemas em construir navios e outros materiais”, observou Morten Bødskov, que acredita que o país pode tornar-se “uma nova potência” na construção de barcos de guerra.
Há alguns meses, após o início da intervenção militar russa na Ucrânia, o Governo minoritário social-democrata dinamarquês fechou um pacto com as principais forças parlamentares para alcançar em 2033 o compromisso, indicado pela NATO aos seus membros, de alocar pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa.
De acordo com a Declaração da Cimeira de Madrid, um texto subscrito em junho de 2022 pelos 30 chefes de Estado e de Governo da NATO, os aliados reiteraram o seu compromisso para atingir a meta de 2% do PIB reservados à Defesa e concordaram em aumentar o orçamento comum da organização.
Na declaração, os Estados-membros renovam o compromisso de atingir os 2% até 2024.
JML // NS