“As autoridades italianas designaram Taranto como porto de desembarque do ‘Sea-Watch3’ e das 438 pessoas resgatadas”, disse a organização não-governamental (ONG) alemã responsável pelo navio humanitário nas redes sociais, hoje citada pelas agências internacionais.
Entre os migrantes resgatados estão 128 menores e quatro mulheres grávidas, acrescentou a Sea Watch, que lembrou a situação de outros dois navios de resgate humanitário: o “Geo Barents”, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), com 659 pessoas a bordo, e o “Ocean Viking”, da SOS Mediterranée, com 387.
“Todos têm o direito de desembarcar o mais rápido possível”, acrescentou a Sea Watch.
A chegada contínua de migrantes à costa italiana verificada nos últimos dias voltou a saturar o centro de refugiados da ilha de Lampedusa (sul), onde estavam cerca de 2.000 pessoas, cinco vezes mais do que o centro pode acomodar.
Várias embarcações da Marinha e da Guarda Costeira italiana já começaram a transportar os migrantes para outros locais.
Cerca de 200 migrantes do centro de acolhimento de refugiados de Lampedusa viajaram para o porto de Pozzallo, também na Sicília, a bordo do barco-patrulha “Comandante Foscari”, enquanto o barco “Diciotti” deve transportar nas próximas horas mais 1.000, dos quais 600 já estão no navio, de acordo com os meios de comunicação locais.
A ministra do Interior italiana em exercício, Luciana Lamorgese, assegurou que vai continuar “a aplicar o máximo esforço” nas operações de transferência do centro de acolhimento.
Entretanto, o sindicato da polícia (Coisp) de Itália qualificou de “insustentável” o atual “ciclo de entrada e saída do centro” de acolhimento de Lampedusa, bem como a “situação higiénico-sanitária dos migrantes e da polícia no local”.
De acordo com os dados mais recentes do Ministério do Interior italiano, quase 39.000 pessoas chegaram às costas italianas no ano em curso, um aumento em comparação às 28.000 chegadas registadas durante o mesmo período em 2021.
CSR // SCA