“Eu disse que não vou mais. Na política você pode voltar atrás em algumas coisas, mas minha decisão até agora é não ir para o [encontro do] Mercosul”, disse Bolsonaro, em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil.
Bolsonaro, que procura a reeleição em outubro, destacou o bom relacionamento com o Presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, mas ressaltou que, “apesar de sua convocação”, não comparecerá à reunião do bloco formado por Brasil e Uruguai, Paraguai e Argentina.
A reunião de chefes de Estado do Mercosul, marcada para 21 de julho em Assunção, capital do Paraguai, será a primeira presencial após dois anos devido à pandemia de covid-19 e nela o Paraguai transferirá a presidência rotativa da organização para o Uruguai.
O debate em torno da redução da tarifa externa e as negociações internacionais unilaterais criaram fissuras dentro do bloco sul-americano.
Nesse sentido, o Uruguai informou na véspera que iniciou negociações com a China para a assinatura de um Acordo de Livre Comércio (TLC), apesar de as regras do Mercosul não permitirem que países negociem acordos fora do bloco.
“Em cada cimeira do Mercosul e em cada instância que tivemos, reafirmamos a vocação de abertura uruguaia. Isso não contraria nem se opõe a pertencer ao bloco”, enfatizou o Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
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