O caso ocorreu no dia 16 de maio, no distrito de Mogovolas. Entre os detidos está um tio da vítima, disse à imprensa Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula.
“Uma parte do grupo foi detida no distrito de Murrupula, onde havia enterrado as ossadas para posterior venda”, referiu a polícia.
Os homens confessaram o crime e afirmaram que receberiam seis milhões de meticais (88 mil euros) pela venda das ossadas a um estrangeiro, ainda não identificado, segundo a polícia.
A PRM avançou que decorrem investigações para a localização do comprador.
As pessoas com albinismo têm sido vítimas de perseguições, violência e discriminação devido a mitos e superstições, que incluem o uso de órgãos ou ossadas em rituais, sendo colocadas entre as principais que são alvo de violações de direitos humanos.
Desde 2014, só em Moçambique, pelo menos 114 pessoas com albinismo desapareceram em circunstâncias não esclarecidas, segundo os últimos dados avançados à Lusa pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
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