“O valor dos dividendos por ação relativo ao exercício de 2021 é de 0,14 centavos de metical [0,0021 euros] num total de 3,7 mil milhões de meticais [54 milhões de euros], uma cifra 26,1% superior” aos dividendos por ação pagos no último ano, refere-se no documento.
Uma parte dos dividendos gerados pela barragem do interior de Moçambique (no Songo, província de Tete) vão ser distribuídos por cidadãos, empresas e instituições, visto que 4% das ações da HCB foram dispersas numa Oferta Pública de Venda (OPV) em 2019.
Quanto ao resto da estrutura acionista, o Estado moçambicano é maioritário com 85% da HCB, a empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) portuguesa detém 7,5% e a HCB tem 3,5% de ações próprias.
A hidroelétrica decidiu aplicar em dividendos 36% do resultado líquido de 2021 que ascendeu a 10,2 mil milhões de meticais, o valor mais elevado de sempre, num ano em que as vendas (exportação para países vizinhos) aumentaram, apesar de a produção de energia ter caído 2,3% relativamente a 2020 por força de ações de manutenção.
Em 2021, a barragem produziu 14.990 GWh (gigawatt/hora) e para este ano (2022), a empresa tem planificada uma meta de 14.228 GWh, tendo em conta “paragens programadas para manutenção e projetos de reabilitação do parque electroprodutor”.
“Em relação ao futuro, apesar do ambiente macroeconómico difícil, a HCB continua a priorizar a sua estratégia de expansão da capacidade de produção e diversificação das operações, onde se incluem investimentos em novas unidades de produção de energia, com destaque para o projeto hidroelétrico de Mphanda Nkuwa, cuja capacidade de produção se estima em 1500 MW”, conclui.
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