Steve Kerr, o treinador dos Golden State Warriors, da NBA, recusou falar de basquetebol numa conferência de imprensa esta terça-feira. “Quaisquer perguntas sobre basquetebol não importam…”, disse aos jornalistas. “Nos últimos dez dias, idosos negros morreram num supermercado em Buffalo, fiéis asiáticos morreram no sul da Califórnia…Agora temos crianças assassinadas na escola”, referiu, claramente emocionado.
“Quando vamos fazer alguma coisa?”, perguntou. “Estou tão cansado de chegar aqui e enviar as minhas condolências às famílias devastadas”. As suas declarações surgiram no seguimento da morte de pelo menos 19 crianças e dois adultos no tiroteio de uma escola primária no Texas, esta terça-feira.
“Desculpem, mas estou farto dos minutos de silêncio. Basta!” Visivelmente abalado, Kerr, que tem sido um defensor de leis mais rígidas relacionadas com a compra e posse de armas, criticou os senadores norte-americanos por impedirem os esforços para avançar com as medidas de controlo nos EUA e aprovarem a lei que regula a compra de armas.
“Sabem que 90% dos americanos, independentemente do partido político, querem verificações de antecedentes universais antes da compra de uma arma? 90% de nós”, declarou o treinador. “Somos reféns de 50 senadores em Washington que se recusam a votar, apesar do que nós, o povo americano, queremos. Eles não votarão porque querem manter o poder.” Antes de se levantar, Steve Kerr ainda desabafou: “Isto é patético. Estou farto!”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso que exija novas verificações de antecedentes para os cidadãos que pretendam comprar armas.