“São 17 escolas que não estão a funcionar porque não há condições para tal […] os professores e funcionários não abandonaram o distrito, mas foram transferidos para outras escolas que ainda estão em funcionamento”, declarou Paulo Lilanda, citado hoje pela Rádio Moçambique.
Segundo a fonte, das 17 instituições encerradas, parte foram vandalizadas pelos grupos armados que têm protagonizado ataques no norte de Moçambique e outras foram encerradas devido a questões de segurança.
“A luta é tentar garantir que as crianças voltem para estas escolas”, declarou Paulo Lilanda, acrescentando que atualmente o distrito está a funcionar com 15 escolas.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes.
EYAC // JH