O dinheiro, que equivale a 880 mil euros anuais, servirá para pagar as patrulhas dos guardas-florestais, a manutenção dos equipamentos e outras despesas de funcionamento, disse à France-Presse um dos parceiros do parque, a Sociedade Zoológica de Frankfurt (FZS).
O parque nacional de Gonarezhou, no sudeste do país, estende-se por mais de 5.000 km2 e o seu nome significa “lugar dos elefantes” em língua xona.
Nele vivem cerca de 11.000 paquidermes, além de um número de rinocerontes-negros que o parque não divulga por motivos de segurança.
O financiamento parte do Legacy Landscape Fund (LLF), uma nova iniciativa internacional que fornece fundos para preservar a fauna selvagem e a biodiversidade dos países pobres.
O objetivo, explicou à AFP a porta-voz da FZS, que participa na iniciativa, “é fornecer um financiamento regular para as operações de base de uma zona protegida”.
“Um financiamento para ‘manter a chama acesa’ de alguma forma”, acrescentou Dagmar Andres-Brümmer, lembrando que muitas das reservas naturais de África sofreram com a perda de receitas do turismo devido à pandemia.
Em alguns parques, explicou, “até as patrulhas dos ‘rangers’ deixaram de ser feitas regularmente devido aos cortes orçamentais, pelo que a caça furtiva aumentou de forma significativa”.
Criado em 2021, o LLF é um fundo público-privado estabelecido na Alemanha para combater o défice de financiamento da conservação da biodiversidade e inclui, entre outros, o Ministério do Desenvolvimento Económico alemão, o banco de desenvolvimento KfW, a agência francesa do desenvolvimento, a União Internacional para a Conservação da Natureza e o (UICN) Fundo Mundial pela Natureza (WWF).
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