Se no ranking do ano passado da Unidade de Inteligência do The Economist (EIU) Telavive ocupava o quinto lugar, em 2021, a cidade israelita saltou para o o primeiro posto como a mais cara do mundo.
De acordo com o “Worldwide Cost of Living Survey”, a subida de preços do álcool, de mercearias e dos transportes posiciona Telavive no primeiro lugar. A valorização do shekel israelita face ao dólar americano também ajuda a perceber a súbita ascensão de quatro posições e a ultrapassagem de grandes centros como Paris ou Singapura, as duas empatadas no segundo lugar da classificação. O relatório destaca Telavive como a segunda cidade mais cara em termos dos preços do álcool e dos transportes, a quinta quando se fala em bens pessoais e a sexta para serviços de recreação e lazer.
Em entrevista ao jornal israelita Haaretz, o presidente da câmara da cidade, Ron Uldai, fala mesmo numa “explosão” do custo de vida na cidade: “Telavive vai tornar-se numa cidade cada vez mais cara, tal como o país todo está a ficar mais caro.” “Em Israel não há um centro metropolitano alternativo. Nos Estados Unidos há Nova Iorque, Chicago ou Miami. No Reino Unido, há a grande Londres, Manchester e Liverpool. Lá é possível mudar-nos para outra cidade se o custo de vida for demasiado oneroso”, lembrou.
Top 10 das cidades mais caras do mundo:
1 – Telavive
2 – Paris
2 – Singapura
4 – Zurique
5 – Hong Kong
6 – Nova Iorque
7 – Genebra
8 – Copenhaga
9 – Los Angeles
10 – Osaka
O “Worldwide Cost of Living Index” faz um rastreio dos preços de mais de 200 produtos do dia-a-dia em mais de 173 cidades e é usado sobretudo pelas empresas para negociar compensações justas para trabalhadores realocados noutros países, tendo, no entanto, dados reveladores de tendências financeiras a nível global e nos principais centros financeiros.
A EIU sublinha, no entanto, a volatilidade deste ranking, sobretudo graças à pandemia: “As maiores cidades do mundo ainda vivem numa realidade de surgimento de novos casos, levando a novas restrições sociais. Em muitas cidades isto perturbou o fornecimento de bens, o que resulta na escassez e aumento dos preços.”
Top 5 das cidades mais baratas do mundo:
173 – Damasco, Síria
172 – Tripoli, Líbia
171 – Tasquente, Usbequistão
170 – Túnis, Tunísia
169 – Almati, Cazaquistão