A entrega das medalhas teve lugar durante uma receção na residência oficial do embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de Sousa Amaro.
“São condecorações atribuídas pela secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, para elementos e instituições das comunidades portuguesas que se têm destacado e distinguido no apoio às comunidades”, explicou o embaixador de Portugal à agência Lusa.
Segundo Carlos de Sousa Amaro, “no caso dos homenageados, a escolha não foi difícil porque quer um quer outro, em atividades diferentes, mas também algumas semelhantes, tiveram uma intervenção muito importante e decisiva para o trabalho da embaixada”.
“Por um lado, o conselheiro das comunidades, Fernando Campos, tem-nos dado muito apoio, está sempre muito disponível para construir pontes e estabelecer contactos (…) geram-se situações que, devo dizer, recorremos ao seu apoio, que sempre, muito prontamente e com sucesso conseguiu intervir e contribuir para o bom trabalho e desempenho da embaixada”, explicou o diplomata.
O embaixador explicou que relativamente ao dirigente associativo e presidente da Associação de Lusodescendentes da Venezuela, Alberto Viveiros, “é uma geração mais nova que era importante homenagear” e que a atribuição da medalha “é também um incentivo para continuar e para ser um exemplo para outros” porque “ser dirigente associativo nem sempre é fácil, é preciso muita motivação”.
“Ele contribuiu para que conseguíssemos estabelecer uma rede de contactos via WhatsApp com portugueses em todos os 23 estados da Venezuela. O adido [Gonçalo Capitão] e o Alberto visitaram comunidades portuguesas que nunca tinham visto ou que nunca tinham recebido nenhum elemento da embaixada nesses locais”, explicou o diplomata.
“Agora possuímos contactos e podemos chegar facilmente a essas comunidades que estão longe”, relatou.
O embaixador precisou que atualmente há dificuldade de transporte na Venezuela, “porque não há gasolina e, por conseguinte, não é possível lá ir”.
“Mas conseguimos saber quais as dificuldades que têm. Eles podem enviar-nos um SOS e quando alguma coisa se passa nós rapidamente sabemos em que medida os podemos apoiar”, descreveu.
José Fernando Campos da Silva Topa é conselheiro das comunidades portuguesas na Venezuela e exerce a função de coordenador da Comissão Temática para o Ensino do Português, da Cultura, do Associativismo e da Comunicação Social do Conselho das Comunidades.
Nasceu em Lisboa em 1 de abril de 1960 e reside em Caracas desde 1979. Foi construtor civil, e desde 1997 trabalha na cadeia de supermercados Excelsior Gama, donde já exerceu cargos de gerente de construção, de manutenção, prevenção e controle de perdas, serviços corporativos e atualmente é gerente de relações com as comunidades.
Entre 2010 e 2012 presidiu o Centro Português, em Caracas, depois exerceu durante quatro anos as funções de 1.º secretário desse clube. Desde há quatro anos que preside à Fundação Instituto Português de Cultura.
Por outro lado, José Alberto de Viveiros Fernández nasceu em 1973 na Venezuela, é empresário, e desde os 19 anos tem desempenhado funções em várias organizações luso-venezuelanas, entre elas o Centro Português de Caracas, o Centro Luso-venezuelano do Estado de Vargas (CLVV).
Formando como técnico eletrónico, fundou a Academia para a Cultura do CLVV e atualmente é presidente da Associação de Luso-descendentes da Venezuela, secretário do Instituto Português de Cultura, vice-presidente da Associação de Comerciantes de Parque Central e diretor executivo de Corpoeventos Autana.
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