O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu autorizar os bancos da zona euro e outros participantes no mercado a fornecerem um máximo de 150.000 milhões de euros, a partir dos atuais 75.000 milhões de euros.
Este limite tinha sido aumentado para 75.000 milhões de euros em março de 2018, entre outras razões para refletir o aumento do ‘stock’ de ativos adquiridos ao longo do tempo, segundo um comunicado do BCE.
As compras em grande escala pelo banco central reduzem gradualmente a disponibilidade de obrigações no mercado, pelo que o BCE volta a emprestar estes títulos ao mercado para que outros agentes possam continuar a utilizá-los nas suas operações.
Através do empréstimo de títulos, o BCE transfere temporariamente ações ou obrigações para um banco em troca de outras ações, obrigações ou numerário aceites como garantia e do pagamento de uma comissão.
Por vezes os bancos não podem comprar estas obrigações porque não estão disponíveis no mercado, ou simplesmente querem mantê-las apenas durante um certo período de tempo.
“Se um valor é necessário apenas temporariamente, seja por um dia ou por algumas semanas, é frequentemente mais barato, mais rápido e menos arriscado pedi-lo emprestado do que o comprar”, de acordo com o BCE.
Muitas das estratégias utilizadas nos mercados financeiros baseiam-se no empréstimo temporário de títulos, que podem ser utilizados para negociação (risco por rentabilidade), arbitragem (rentabilidade sem risco devido a diferenças de preço injustificadas) ou cobertura de riscos.
Além disso, como o BCE e os bancos centrais nacionais dos 19 países da zona euro compram grandes volumes de títulos aos bancos, existe um excesso de liquidez no sistema de 4,5 biliões de euros, pelo que o BCE está agora a permitir-lhes que contraiam mais obrigações emprestadas.
MC // CSJ