No início de novembro, Peng Shuai, que já foi líder do ‘ranking’ feminino de pares, acusou nas redes sociais o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli de há três anos a ter forçado a ter relações sexuais.
Na mesma publicação, que foi retirada da rede social chinesa Weibo, a tenista revelou ter tido relações sexuais com o governante, uns anos antes do incidente, e que na ocasião tinha sentimentos por Zhang Gaoli.
“Peng Shuai, e todas as mulheres, merece ser ouvida, e não censurada. A acusação que faz contra um antigo líder chinês, que envolve uma agressão sexual, deve ser tratada da forma mais séria. Em todas as sociedades, o que ela alega, deve ser investigado”, referiu o responsável do WTA, em comunicado hoje publicado.
Ainda na publicação, Peng, que venceu 23 títulos de pares femininos, entre os quais Wimbledon, em 2013, e Roland Garros, em 2014, especifica que o antigo vice-primeiro-ministro, atualmente com 75 anos, a violou há três anos, em Pequim.
Entretanto, nas redes sociais foi lançado um movimento com a pergunta ‘Onde está Peng Shuai’, após as acusações feitas pela tenista, com a comunidade do ténis a salientar que a jogadora está desaparecida há cerca de 10 dias.
“As acusações são inquietantes. Conheço Peng desde os seus 14 anos, devemos todos estar inquietos, é grave. Onde está ela? Está em segurança?”, escreveu a antiga campeã norte-americana Chris Evert.
Uma mensagem também partilhada pela francesa Alizé Cornet, a pedir que não fiquem em silêncio, enquanto o tenista britânico Liam Broady questionou também o paradeiro da chinesa e perguntou e perguntou como é que isto ainda acontece no século XXI.
RPM // JP