Após 23 anos de “serviços de feitiçaria” na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, o feiticeiro Ian Brackenbury Channell, de 88 anos, natural da Inglaterra, vai terminar o contrato com a autarquia, por decisão desta última.
A notícia foi dada por Lynn McLelland, porta-voz da autarquia, que enviou uma carta ao feiticeiro a agradecer pela prestação de serviços e a informá-lo de que não haveria renovação do contrato. “Não gostam de mim apenas porque são uns burocratas velhos e aborrecidos”, reagiu o feiticeiro à novidade.
Foi em 1990 que o primeiro-ministro da época, Mike Moore, recomendou numa carta oficial que Channell se tornasse “O Feiticeiro da Nova Zelândia”, como ficou conhecido, sendo então contratado pelo para promover a cidade de Christchurch através “atos de magia e outros serviços de feitiçaria”. O feiticeiro recebia 16 mil dólares por ano, quase 13800 euros, acumulando um total de mais de 300 mil euros ao longo de mais de 20 anos.
Antes da década de 90, pouco depois da sua chegada à Nova Zelândia, em 1974, o feiticeiro já praticava atos de feitiçaria em público. Ao longo do tempo, Channell foi-se tornando uma figura incontornável do país, embora nos últimos anos as suas aparições fossem mais raras, e, durante as celebrações do aniversário da rainha em 2009, foi premiado com uma medalha, a Queen’s Service Medal, pelos serviços prestados à comunidade.
Contudo, também se envolveu em polémicas devido aos seus comentários negativos em relação às mulheres. “Nunca bata numa mulher porque elas magoam-se com muita facilidade e vão logo contar aos vizinhos e amigos…e aí você fica em apuros!”, referiu o feiticeiro, numa entrevista ao canal TV3 neozelandês.