O colapso aconteceu na parte sudoeste do vulcão, explica o geólogo Carlos Lorenzo, do Instituto Espanhol de Geologia e Minas (IGME), que se apercebeu do evento graças às imagens captadas pelos drones no local.
Os especialistas ouvidos pelos meios de comunicação espanhóis asseguram que esta rutura do cone do vulcão de La Palma, nas Canárias, é normal neste tipo de erupções e, apesar de poder parecer alarmante, o diretor do comité de emergência encarregue de monitorizar o evento, Miguel Ángel Morcunde, apela à calma e explica que o fenómeno é normal: “O cone não suporta o próprio peso e, também, devido às deflagrações de ontem, está a tentar sustentar-se.” A lava a descer agora a encosta do Cumbre Vieja é mais fluída porque está a maior temperatura, acrescenta o especialista, garantindo que o perigo não é maior por isso.
Ainda segundo Morcunde, este novo rio de lava está a deslizar sobre o fluxo da erupção inicial.
“Esta é uma típica erupção das Ilhas Canárias”, tranquiliza.
Dezenas de casas já foram destruídas pela lava do vulcão que continua a correr em direção ao mar, mas não há vítimas depois de as autoridades terem retirado mais de 6.000 pessoas da zona da erupção.