O indicador usa uma escala de zero a 200 pontos e é calculado com base em perguntas feitas em domicílios do país.
Segundo dados divulgados pela FGV, os valores pioraram tanto na perceção dos consumidores brasileiros sobre as expectativas para a situação atual quanto para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu um ponto, para 68,8 pontos, atingindo o menor nível desde maio passado (68,7).
Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 9,8 pontos, para 81,1 pontos, atingindo o menor nível desde abril de 2021 quando ficou em 79,2 pontos.
“A queda foi determinada pela combinação de fatores que já vinham afetando a confiança em meses anteriores, como a inflação e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza económica e política com impacto mais acentuado sobre as expectativas em relação aos próximos meses”, destacou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens da FGV.
Segundo a especialista, o pessimismo é maior entre as famílias de menor poder aquisitivo – cujas expectativas em relação à evolução da situação económica geral são as piores desde abril de 2016 -, mas é bastante disseminado entre todas as faixas de renda.
“A fragilidade da confiança dos consumidores tem sido marcada pela grande distância em relação à confiança empresarial e pela alta sensibilidade a qualquer novo fator, tornando muito difícil a antecipação de alguma tendência para os meses seguintes”, concluiu Viviane Seda Bittencourt.
A Sondagem do Consumidor recolheu informações de 1.536 domicílios, com entrevistas entre 01 e 21 de setembro.
CYR // LFS