Num comunicado, a ONG refere que foram entregues bens “de acordo com as recomendações internacionais da coordenação da ajuda humanitária”, incluindo bens de higiene, bens para abrigo, cabazes alimentares e bens de cozinha.
A iniciativa contou com o apoio do Governo português, através do Camões — Instituto da Cooperação e da Língua, e “diversas pessoas, entidades públicas e privadas”, segundo a ONG.
“Esta é uma resposta face à grave crise humanitária que se vive no Norte de Moçambique e contemplou a distribuição de kits de emergência em centros de acolhimento temporário e famílias de acolhimento a pessoas deslocadas para mais de 15.750 pessoas”, explicou o comunicado.
Para assinalar o Dia Mundial da Ação Humanitária, o diretor de operações da Oikos, Ricardo Domingos, sublinhou que a ação humanitária “deve ser a primeira fase de um processo de desenvolvimento, contínuo e sustentável”.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco de ataques por grupos armados desde 2017, descritos por vários governos e entidades internacionais como “terroristas”.
A luta contra os insurgentes ganhou um novo impulso, quando no dia 08 de agosto forças conjuntas de Moçambique e do Ruanda reconquistaram a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, que estava nas mãos dos rebeldes desde 23 de março.
Na sequência dos ataques em Cabo Delgado, há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
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