A CE encarregar-se-á de coordenar a entrega de material e de financiar até 75% dos custos de transporte, através do Centro de Coordenação de Resposta a Emergências (ERCC), precisou o executivo comunitário num comunicado.
O anúncio surge após o pedido de assistência do Governo lituano motivado pelo aumento da chegada ao país de imigrantes e requerentes de asilo procedentes do Médio Oriente e de África, que atravessam a fronteira entre a Bielorrússia e a república báltica e que Vilnius interpreta como uma forma de pressão de Minsk à União Europeia (UE).
Até agora, 11 países da UE (Áustria, Croácia, República Checa, Estónia, Finlândia, Grécia, Letónia, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e Suécia) e a Noruega ofereceram-se para fornecer apoio material, como tendas de campanha, camas, almofadas e geradores.
A comissária europeia de Gestão de Crises, Janez Lenarcic, saudou a predisposição dos países para enviar ajuda e assegurou que a UE está preparada para mandar mais, se necessário.
A comissária do Interior, Ylva Johansson, criticou “o regime autoritário” da Bielorrússia, por “explorar os seres humanos por razões políticas”, o que classificou como “inaceitável”.
Expressou também o seu apoio à sociedade civil bielorrussa e saudou “a forte solidariedade” demonstrada pela UE e seus Estados membros à Lituânia.
Este ano, já atravessaram a fronteira lituano-bielorrussa cerca de 2.100 pessoas, especialmente entre junho e julho, o que contrasta com o total de 74 pessoas que passaram de um país para o outro no ano passado.
Em resposta a esta situação, a 12 de julho, a Agência Europeia de Controlo de Fronteiras (Frontex) iniciou uma intervenção rápida na fronteira entre a Lituânia e a Bielorrússia, para ajudar as autoridades lituanas.
De acordo com o descrito pela CE, a maioria das pessoas que chegam à Lituânia via Bielorrússia procedem do Iraque, da República do Congo, dos Camarões, da Guiné-Conacri e do Irão.
ANC // ANP